Gosto da frieza do mármore, Inquebrável ao meu toque. Gosto do marfim, Dos brincos de contas, Da madeira que reveste a escultura Africana. Gosto do mar, Da rocha, Da concha, Do peixe solitário ziguezagueando entre as minhas pernas. Gosto da tua face, Do teu olhar compenetrado, Da tua expressão serena, Do teu ar solitário à janela olhando o mar. Gosto de sentir os meus passos no passeio, Gosto de os ouvir falar uma linguagem que me é familiar, Sem o não ser. Não gosto do vestido estonteante que, me persegue, desde o cimo da rua, a um outro quarteirão. Não gosto do cheiro intransigente das palavras soltas, Sem a expressão concentrada, De quem as invoca por amor. Não gosto do choro, Da lágrima presa à memória, Simbologia da lembrança. Não gosto do cais povoado de míseros homens pobres de espírito, Gosto dele deserto, Um caís solitário junto ao mar onde um dia te amei. Gosto do que sou a preto e branco, Pintada junto ao crepúsculo, da savana Africana.

My Ideal Person Passamos a amar não quando encontramos a pessoa perfeita, mas quando aprendemos ver perfeitamente uma pessoa imperfeita.